Porém, tem algo que me agride muito mais do que isso: as namoradas “perdi”, perdi a personalidade. Elas eram loucas, festeiras do apocalipse, passavam o rodão em todas as festas, transavam com quem queriam e instantaneamente quando a palavra “relacionamento sério” apareceu no facebook: viram santas, puras e virginais. Desmemoriadas dos infernos que olham pra ti com cara de desaprovação quando sabem que você já ficou com mais de uma pessoa na mesma turma, por exemplo. Isso como se não tivessem tido “histórias” com metade da cidade antes do “amorzinho”.
Tem aquelas que mudam de time:
- Mas Gabriela, você era Juventude, lembra?
-Ahhh, eu sei! Mas pra acompanhar o Caco achei que não tinha problema virar São Paulo.
Também tenho um carinho especial por aquelas que adquirem o gosto do namorado de forma equívocada:
- Desde que o Marcelo apareceu na minha vida, percebi como os filmes de fantasia são legais.
- Mesmo, que legal! Assistiu Senhor dos Anéis então?
- Ah, claro. Nunca imaginei que o anel podia ter um nome tipo “Frodo”
- Mais uma caipirinha, por favor.
Temos também as que acham que o namorado é o pai:
- Oi vamos tomar um chopp hoje, só a gente, as meninas?
- Vou ver com o Rafa, não sei o que ele pensou pra hoje.
- E ai, partiu?
- Não, não. Rafa acha melhor eu ir pra casa e a gente pedir uma pizza.
- (vomito)
Eu poderia fazer uma lista infinita das situações. Mas, não só as mulheres que sofrem com a sindrome do "perdi,". Eu que passei a metade da minha vida cercada por meninos sei bem:
O amedontrado:
- Bah, queria ir ver o jogo no estádio com vocês.
- Já traz a carteirinha e vamos direto!
- Ahh, não vou! A Paula acha perigoso.
O superprotetor:
- Vamos fazer um happy?
- Claro, vou só levar a Beth em casa e volto.
- Mas a Beth não sabe pegar ônibus?
- Ahh, coitada, né! Não curto.
O babaca:
- Por que meu nome é João no teu celular?
- A Julia não gosta que eu tenha amigas.
O sem gosto definido:
- Gabriel, o que aconteceu com as tuas camisetas?
- Ah, a Lucia prefere que eu use uma polo ou camisa.
- Mas tu odeia Polo e camisa.
- Ahhh, ela diz que me deixa mais bonito.
- mentir não é pecado?
Óbvio que namorando a gente adquire certos hábitos do próximo, isso é normal, é legal. A gente pode aprender a gostar do Senhor dos Anéis, a ler um autor diferente, a gostar de sushi. Mas essa perda de personalidade miojo: 3 minutos de união e acabou tudo, não faz sentido no meu cérebro single. Amor pra mim é compartilhar, não abrir mão. E até dá pra abrir mão de um monte de coisas, menos da gente. Porque sempre se corre o risco de quando o amor acabar, a loira do atendimento aparecer ou o cara mudar de time, você descobrir que além de tempo o que perdeu mesmo foi você.
Noooossa, sempre penso isso! Vira e mexe tenho que dar bronca em algum amigo ou amiga que some do mapa ¬¬
ResponderExcluirBeeeijo
Mari, mais uma vez vc mandou bem. Realmente namoro é algo complicado, a tendência das pessoas de distanciar do que elas eram é impressionante! Tenho visto isso com vários amigos meus e fico muito bolado!
ResponderExcluirComo vc bem falou amar é compartilhar e não se submeter a uma ditadura! Bjos querida!
Ehehehe eu assino embaixo Marii!! O pior é a que volta a ser virgem depois que começa a namorar: "Fulana, você lembra daquele carinha do carnaval de mil anos atrás?" "Não era eu. (Psst não fala isso na frente do fulano)"
ResponderExcluirComo sempre, ótimo texto, parabéns!
Beijo
Apoiada!!!rs
ResponderExcluirNada de lobotomias nos relacionamentos!
bjos
Não é só nos relacionamentos, 95% da sociedade não tem personalidade pra porra nenhuma. Nos relacionamentos isso só fica mais óbvio.
ResponderExcluirBelo texto ;)
Sempre gosto de ter um panorama alheio sobre relacionamentos. Legal seu texto.
ResponderExcluirbjs
Oi, Mari! Putz, tantas vezes me deparei com gente assim...adorei especialmente a parte dos meninos! ;-)
ResponderExcluirBjs